Março 2020. Pandemia. Após alguns meses de isolamento, Pedro advogado 34 anos, reflete sobre suas atitudes e decide enfrentar seus conflitos relacionados ao seu passado para se livrar da culpa que o assombra.

Durante o happy hour virtual da empresa, Pedro chega a desagradável constatação de que não é tão bem sucedido quanto achava ser. Entre goles, percebe também que não transmite exatamente a imagem que gostaria de passar. Se sentindo humilhado, Pedro encerra a chamada, deixando um clima pesado na sala de bate papo.

Pedro liga para Isabel, sua mãe, para desabafar sobre o que aconteceu durante o happy hour virtual do escritório em que trabalha. Para sua surpresa, Isabel não reage da maneira como Pedro espera. Com isso, a ligação se torna uma discussão e, ocupada, Isabel desliga.

Durante o café da manhã Pedro faz selfies para atualizar as redes sociais. Incomodado com o barulho do vizinho, Pedro liga para reclamar, mas interfona para o apartamento errado. Paulo, recém chegado ao prédio, avisa que ele não é o barulhento. Interessado em saber mais sobre o vizinho, Pedro puxa assunto e, pela primeira vez na vida, faz amizade pelo interfone.

Atrasado, Pedro liga para sua irmã para desejar feliz aniversário. Patrícia atende e agradece a surpresa. Os irmãos conversam sobre suas dificuldades durante a quarentena e a conversa toma rumos não esperados por Pedro: Patrícia, chateada com o irmão, cria coragem e diz o que sempre quis. Pedro não reage bem. Os dois discutem e, nervosa, Patrícia encerra a chamada.

Durante a madrugada, Pedro cria coragem e liga para Lucas para se desculpar. Surpreso, Lucas finalmente tem a oportunidade de falar para Pedro sobre o relacionamento que tiveram e a maneira como tudo acabou. Lucas e Pedro encerram a ligação.

Pedro liga para seu pai, Moacir, mas quem atende é Renato, seu meio-irmão. A situação gera desconforto. Pedro, no momento inoportuno, transfere suas frustrações para Renato, que por sua vez, se compadece com o que o irmão sente. Pedro encerra a chamada.

Impulsivamente, Pedro liga para Débora e se desculpa por seus atos passados, porém, a conversa dos dois não sai como o esperado por Pedro: o diálogo é conturbado e chega a ser constrangedor. Débora encerra a chamada.

Para matar a saudade, Pedro liga para Nilza, sua avó, e conta sobre sua conversa com Renato. Nilza fica aliviada com o contato, após tanto tempo, dos dois netos. Pedro reclama sobre seu relacionamento com seu pai e, Nilza defende o filho Moacir. Para evitar uma discussão, Pedro desliga.

Pedro recebe a ligação de Moacir, seu pai, e em um ato de coragem, expõe seus sentimentos a fim de resolver algumas de suas pendências emocionais. Moacir se esquiva a todo momento dos desabafos de Pedro, que, conformado com a postura inflexível do pai, encerra a chamada.

Depois de enfrentar seus fantasmas, Pedro cria a coragem necessária para aceitar as mudanças que a vida lhe impôs. Agora, sendo sincero e verdadeiro consigo mesmo, Pedro está pronto para uma nova jornada.