Neste primeiro episódio temos a recepção as novatas no Ilú Obá De Min, as veteranas, muita areia e axé. O primeiro contato e primeiros sons do Carnaval 2020 em uma recepção na Ocupação 9 de Julho no centro da Cidade de São Paulo. Participação de Beth Beli e integrantes do Ilú Obá De Min.

No segundo episódio falamos sobre dançar na rua, as especificidades de tocar xequerê e ouvimos um pouquinho do som do djembê. Temos o primeiro ensaio do Ilú Obá, na Praça do Patriarca no centro da cidade de São Paulo nas ruas de São Paulo, iniciando a preparação para os cortejos de rua em 2020. Participações de Cibelle de Paula, Nanci Saran e Jackie Cunha.

Neste episódio falamos sobre militância, ocupação, resistência, alfaia, agogô, outros instrumentos e marcas na pele. Temos o segundo ensaio, na Feira da Paixão Mangueirense no Bairro do Glicério em São Paulo, continuando a preparação para os cortejos de rua em 2020. Com participações de Cris Blue e Teresa Teles.

Neste episódio falamos sobre composições, letras, o cantar e toda a militância e resistência no ato de saudar os orixás com a voz nas ruas. Temos o terceiro ensaio, no Museu da Energia no Bairro do Bom Retiro em São Paulo, continuando a preparação para os cortejos de rua em 2020. Com participações de Janaína Cunha, Girlei Miranda, Sandra Maria e Luciana Soares.

Hoje falamos sobre a visão que as integrantes tem do belo, de encantamento, beleza, amizade, companheirismo e militância. Temos o quinto ensaio, dessa vez na Ocupação Nove de Julho no centro de São Paulo, continuando a preparação para os cortejos de rua em 2020. Com participações de Daniela Apolinário, Lígia Rodrigues, Marianna Rodrigues, Priscila Estevão, Generosa Lima e Clenes Costa.

Neste episódio falamos com algumas pessoas que viabilizam a construção e realização dos nossos ensaios na Rua. Quem leva os instrumentos? Quem prepara o som? Quem reserva o espaço? Quem trás a emoção? Já estamos no sexto ensaio do Ilú Obá, que aconteceu na Praça do Patriarca, no centro da cidade de São Paulo, seguimos nos preparando para os cortejos do carnaval de 2020. Participações de Andreia Batista, Baby Amorim, Sabrina Teixeira, Waldete Tristão e poema sonoro de Rosana Inácio.

Neste episódio falamos sobre o sagrado, candomblé, o reencontro com a ancestralidade e a energia de tocar e dançar para os orixás. Já estamos no sétimo ensaio do Ilú Obá, que aconteceu no Casarão Campos Elíseos, no centro da cidade de São Paulo, seguimos nos preparando para os cortejos do carnaval de 2020. Participações de Adriana Quedas, Adriana Aragão, Aparecida Pereira, Débora Andrade, Mirella de Campos e uma comitiva muito especial de angolanos que nos narrou sua experiência ao acompanhar este ensaio.

Além da nossa bateria, temos também o grupo da dança. A dança é uma representação do sagrado e sua energia nos corpos que movem este coletivo dentro do Ilú Obá. Neste episódio, acompanhamos um dos ensaios da dança e falamos sobre este instrumento sagrado que todos temos, o corpo. Já estamos no décimo ensaio, que aconteceu na Praça do Patriarca, no centro de São Paulo, seguimos nos preparando, nos formando, nos fortalecendo para os cortejos do carnaval 2020. Participações: Ellen Caroline da Silva, Adriana Andrade Antônio, Tereza Araújo Rodrigues e Alzira Lobato Borges.

Neste episódio falamos sobre ocupar espaços, a importância da cultura preta nas periferias e a necessidade desta cultura para a nossa percepção ao direito a cidade, direito de ir e vir e a tantos outros direitos negados. Falamos também sobre o chamado dos tambores do Ilú, sobre pertencer a um espaço e acolhimento. Já estamos no décimo ensaio dessa vez na Zona Leste ocupando o campus de São Miguel Paulista no Instituto Federal de São Paulo. Com participações de Rosana Soares da Silva, Bárbara Nunes, Fabi Almeida, Isaias Lemos, Ivone Ferreira da Silva, Generosa Lima, Suelen Barcelos, Delma dos Reis, e Rita dos Reis.

Neste episódio falamos sobre falamos sobre migrar. Migração é uma constante humana, não ficamos no mesmo lugar ou da mesma forma por muito tempo, mudamos, nos alteramos, nos tornamos outras apesar de permanecermos as mesmas, o tempo todo. Falamos sobre migração de cidade as adaptações,as saudades, as novidades e a família ancestral que podemos encontar, falamos também de migração interna, dentro do Ilú, de um nipe a outro e a percepção do seu poder, do integrar um outro campo, as potencialidades e seu papel dentro do bloco, e também o migrar de posição dentro do Ilú Oba e as novas responsabilidades e conquistas que esta nova posição traz. Nossas ancestrais forjaram suas asas-força e mudaram o que não lhes convinha, por isso hoje, podemos ser mais, podemos ser tudo o que quisermos. Migremos. Já estamos no décimo primeiro ensaio dessa vez no centro de São Paulo no Centro de Referência em Inovação SEBRAE. Com participações de Joana Côrtes, Cléo Dias, Jéssica Azevedo, Alexandra Tulani, Bárbara Magalhanis, Lenita Sena, Danielle Reis e Florence Ciriaco.

No episódio de hoje falaremos sobre afeto, bell hocks, em seu texto, “Vivendo de amor”, discute o quanto, nós, povo preto, em função dos muitos processos vivenciados nos períodos escravocrata e pós abolição fomos nos distanciando de nossa afetividade. Conter e reprimir sentimentos foram comportamentos condicionados a partir da necessidade de sobrevivência e deixaram marcas que orientam as nossas relações afetivas até os dias atuais. A ideia desse episódio é poder trazer à tona a nossa afetividade, exercitando a prática da percepção do que temos de positivo, aos nossos olhos e dos que nos cercam, em nossas relações individuais, fraternas, familiares, amorosas. Na construção de um espaço seguro (Ilú) onde as expressões de amor são reconhecidas, retribuídas e alimentam a nossa cura. Já estamos no décimo segundo ensaio dessa vez na União de Mulheres de São Paulo. Com participações de Elenice Oliveira, Cibelle de Paula, Gisele de Paula, Wanda Martins, Baby Amorin, Cris Blue e Sossô Parma.

O afeto de dentro do Ilú afeta a todas, como um efeito dominó, uma vai passando para a outra até que todas estejam devidamente afetadas e coloridas pelas cores de vida que o afeto trás. No Ilú Obá as relações de afeto e de auto afeto vem de longe, assim como os passos do povo preto que segue construindo e reconstruindo maneiras de amar e afetar uns aos outros. Neste episódio de Atunko, acompanhamos um pouco do afeto que contempla e completa as mulheres do Ilú; de mãe para filha, entre namoradas, amor próprio e afeto coletivo. É uma onda negra que inunda a cidade de afeto e beleza. Deixe ela te afetar. Está é a segunda parte do Episódio 11, que foi filmado nos ensaios dos dias 7 e 8 de Dezembro na União das Mulheres e Vale do Anhangabaú em São Paulo. Seguimos nos preparando e nos fortalecendo para os cortejos do carnaval de 2020 no qual homenagearemos Lia de Itamaracá. Com participações de Jussara Santos, Arlete Xavier, Fabi Xavier, Keyla Bento, Ariane Carmo e Wanda Martins

Ilú Obá De Min é quilombo em movimento, quilombo de refazimento de autoconhecimento, de troca de completude. O que é estar no Ilú? O que é fazer arte? O que é fazer parte deste quilombo? Como ele influência na sua vida, na sua história, na sua constituição como mulher, como mulher negra; qual a importância de estar neste espaço de constituir este corpo tão completo e complexo? O Ilú é corpo em movimento, a cada ensaio um novo aprendizado integrar os ensaios e dividir a vida, o tempo e a identidade particular de cada uma dessas mulheres para constituir este corpo de potência e delicadeza que está a cada encontro, a cada ensaio melhor preparado para vibrar e espalhar axé no carnaval de SP. No 12º episódio de Atunko, fizemos estas perguntas, no último ensaio de 2019, e com essas respostas tomamos aquele fôlego para a reta final dos nossos ensaios que retornam em janeiro de 2020! Com participações de Mafalda Pequenino, Bianca Santana e Juliana dos Santos.

No episódio 13 de Atunko aproveitamos o ensaio do Ilú no Parque da Independência pra falamos sobre independência e liberdade a partir de nossa ótica. Onde elas se encontram nos dias atuais, como elas existe e resistem. Como a liberdade se da para mulheres negras nessa sociedade machista e racista que mina nossos sonhos e nossos movimentos. Ilu é movimento, corpo vivo e pulsante nessa cidade cinza que tem suas cores nos caminhos pretos que percorremos, como a independência transpassa as barreiras impostas e toma as ruas com ritmo, liberdade e beleza. Mulheres trazem suas histórias e vivências neste décimo terceiro episódio. Já conseguimos ouvir os chamados do carnaval que se aproxima. Ensaios realizados no Museu da Energia e no Parque da Independência em São Paulo. Com participações de Valerya Borges, Raquel Santos, Regina Santos e Sandra Oliveira.

Depois da quarta de cinzas de todo carnaval já tem um novo carnaval a ser pensado. Iniciamos a travessia do Atlântico com os Tempos de Alakan, o nosso carnaval de 2019, e hoje no nosso episódio 14 de Atunk?, falamos sobre os detalhes que dão a importância e a devida grandiosidade no nosso carnaval de Lia, para Lia, com Lia ... Como se dá os arranjos, os figurinos, as coreografias. Como a influência de Lia, sua história e suas músicas ajudam neste processo. O que somos, o que damos e o que sentimos durante o processo, como este carnaval vai se fazendo em si e e se construindo nesta opera negra através das mãos das mulheres do Ilú Obá. Falta bem pouco para levarmos nosso Carnaval e nosso mar para as ruas de São Paulo, a ansiedade aperta mas seguimos unidas e atentas aos sinais de calmaria e bons ventos que este mar nos traz. Já estamos nos últimos finais de semana de ensaio, no décimo oitavo ensaio no Festival Baixo Augusta no centro da Cidade de São Paulo. Com participações de Laís Oliveira, Cléo Dias, Chris Gomes, Mazé Cintra, Negravat e Lia de Itamaracá.

No décimo quinto episódio de Atunko, falamos sobre o sopro de ancestralidade que habita o corpo Ilú Obá De Min. Sopro que ganhou forma através da mulher que iniciou o bloco que é hoje, a maestra, Beth Beli. O que há dela em cada uma de nós? O que tem de nós em Beth Beli? O que nos une, nos iguala? Como conseguimos juntas, e tão diversas, nos tornarmos um só corpo, que pulsa, vibra e sai em cortejo pela cidade. Temos muito o que dizer, muito o que existir nesse corpo único composto por várias. Somos únicas. Somos várias. Somos Beth Beli. Somos Ilú Obá De Min.

Chegou o grande momento. E para encerrar este ciclo tão bonito de ensaios e encontros, onde fizemos a travessia do mar de Lia, entrevistamos a nossa homenageada do ano, Lia de Itamaracá, que em poucas palavras nos traz o que o mar Ilu Oba deixou nela, sua impressão e a sensação pós cortejo. Temos no encerramento da série imagens dos cortejos de sexta-feira e domingo do Ilú Obá De Min no carnaval 2020.