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O Ambientalista - 1ª Temporada - Ep. 01 - A Cidade Radioativa
(Guerrilha Filmes)
Violência
2017 | Brasil | 10 episódios
Nacional
Documentário
Os maiores crimes socioambientais brasileiros pelo olhar das pessoas afetadas e das autoridades envolvidas. Os 10 episódios de O Ambientalista são narrados em tom de suspense, apresentando a cada episódio um cenário de degradação social ou contra a natureza.
A cidade de Caetité fica há 650 quilômetros de Salvador, na Bahia. Nela encontra-se uma das maiores reservas de urânio do mundo, que é explorada desde sua implantação em 1997 pela empresa estatal INB, Indústrias Nucleares do Brasil. O minério, que é utilizado na fabricação do combustível utilizado nas usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2, é altamente perigoso quando concentrado. Por isso, é grande a apreensão da população local em relação à eficiência da fiscalização em águas contaminadas da região, que já teve vários poços fechados por conta de seu teor radioativo. E, apesar da INB negar a ligação, vários membros da sociedade civil acusam a atividade da empresa de ser a causadora do aumento no número de casos de câncer nas comunidades no entorno da mina. O Ambientalista vai à Caetité e acompanha a luta dos moradores que reivindicam maior transparência e acusam a empresa de esconder vazamentos e de não fazer estudos sobre os reais impactos da extração do minério nos habitantes da
região.
O Lixão do Planalto (25 min)
O lixão da Estrutural, em Brasília (DF), considerado o maior da América do Sul, é o destino de O Ambientalista neste terceiro episódio. Ele vai local como esse ainda está em funcionamento, mesmo sendo considerado um crime ambiental no Brasil desde 1989. Com suas atividades iniciadas na década de 1960, junto com a inauguração da nova capital brasileira, o lixão de Brasília tornou-se um grave problema de limpeza urbana, de segurança pública, ambiental e social. E o mais grave: já contaminou o subsolo da região com sérios riscos de afetar o abastecimento de água da capital federal. Além disso, ainda é preciso resolver o problema de cerca de 2 mil catadores que sobrevivem do trabalho que realizam dentro do lixão. O Ambientalista descobre que mesmo com a abertura do aterro sanitário a solução do crime ambiental ainda está longe. E que a manutenção do lixão de Brasília interessa a muitos grupos políticos e econômicos do Distrito Federal.
Armas Químicas na Lavoura (25 min)
Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, é o destino de O Ambientalista neste episódio. Ele investiga a relação do agrotóxico com a alta taxa de suicídio da região. Na década de 1990, a cidade gaúcha, com cerca de 70 mil habitantes, teve o título de maior índice de suicídio do planeta. A região onde está localizada é a maior produtora de fumo do mundo. Produção que é mantida por gerações de pequenos fumicultores. O Ambientalista descobre que as lavouras de tabaco utilizam grande quantidade de agrotóxicos, em sua maioria que têm entre seus componentes o organofosforado, considerado por especialistas da saúde como altamente tóxico. Segundo alguns estudiosos, essa substância pode ser um dos fatores que levam ao suicídio. Por falta de interesse de grupos econômicos e políticos, não são realizadas pesquisas aprofundadas para saber qual o verdadeiro dano do agrotóxico nos moradores da região. O Ambientalista constata ainda que os fumicultores estão reféns do monopólio da indústria de tabaco.
Amazônia Parte I - Desmatamento (25 min)
Nos anos 1960, o governo federal lançou o mote nacionalista - Integrar para não entregar, que basicamente consistia em dar terras na região amazônica para quem desmatasse parte das mesmas, sob o pretexto de protegê-las de uma suposta invasão estrangeira. Mas a coisa fugiu do controle. O Ambientalista vai até Paragominas, no Pará, que virou um exemplo de como a falta de planejamento pode destruir um ecossistema e ameaçar a própria sobrevivência das comunidades locais. Os problemas começaram com uma pecuária de alto custo financeiro e ambiental de baixa rentabilidade e depois continuou com o desmatamento desenfreado. Em pouco tempo os recursos naturais se esgotaram e hoje em dia a região corre atrás para conseguir sobreviver através de fiscalização ostensiva e medidas de sustentabilidade. Neste episódio conhecemos as lições que Paragominas aprendeu com seus erros e como evitar que eles se repitam.
Amazônia Parte II - Invasão de Terras Indígenas (25 min)
Desde que o Brasil foi descoberto pelos portugueses há mais de 500 anos, a população indígena sofre com invasões de forças externas. Na luta para defender suas comunidades e terras, milhões de nativos foram assassinados ou escravizados ao longo do tempo e apenas no século passado foram criadas políticas públicas para a proteção de seus povos e territórios como a Funai, Fundação Nacional do Índio. O Ambientalista vai até o Pará ver qual é a atual situação deste problema. Para conhecer a realidade de perto, encontra-se com membros da tribo indígena dos Tembé, históricos defensores da floresta no norte do país e descobre que, apesar de avanços, a ameaça à população indígena é constante e que tem até autoridades envolvidas. É uma situação paradoxal pois, mais do que atuar exclusivamente na defesa de seu povo, os indígenas são os guardiões de boa parte das florestas brasileiras, cuja existência é fundamental para o funcionamento de todo o ecossistema não só do Brasil, mas do próprio planeta.
Barragens (25 min)
Em 5 de novembro de 2015 uma barragem de rejeitos de minério de ferro conhecida como Fundão se rompeu na cidade de Mariana em Minas Gerais matando 18 moradores do subdistrito de Bento Rodrigues e causando o maior desastre ambiental da história do país. Mas o que à princípio parecia ter sido um acidente, foi se revelando como uma sequência de descasos da empresa responsável pela obra. O Ambientalista vai à Mariana e se encontra com pessoas que estavam em Bento Rodrigues na hora da tragédia e que relatam a total falta de preparo da empresa em lidar com a situação do momento em que a barragem se rompeu até os dias atuais. Com a região destruída, os moradores atingidos precisam reconstruir suas vidas do zero e pensar em novas formas de subsistência já que 80% do orçamento da prefeitura era proveniente das vendas dos royalties de minério de ferro da mineradora. Mas o perigo ainda não acabou: só em Minas Gerais há dezenas de barragens com grau de periculosidade igual ou até pior que a barragem que se rompeu.
Por Trás de Belo Monte (25 min)
A usina hidrelétrica de Belo Monte, que fica na bacia do Rio Xingu, situada no norte do Pará, é uma obra gigantesca administrada pelo consórcio de várias empresas chamado Norte Energia e que afeta diretamente milhares de pessoas e um rico ecossistema. Há décadas forças políticas tentavam implementar a empreitada mas somente em 2011 a construção foi autorizada, após anos de embates com moradores e membros da sociedade civil. O Ambientalista vai até a região da usina e constata que a existência da obra, que já custou mais de 30 bilhões de reais, é responsável por graves problemas: desde o sumiço dos peixes, base da economia local e principal fonte de subsistência das famílias ribeirinhas até a caça de animais protegidos, passando pelo aumento da população e agravamento de problemas relacionados ao saneamento básico. Enquanto sua existência e importância é questionada pelos moradores e parte da sociedade, uma classe foi claramente beneficiada com os investimentos envolvidos em sua construção: a política.
O Eldorado (25 min)
Paracatu, a 500 quilômetros de Belo Horizonte (MG), é o destino de O Ambientalista neste episódio. Ele investiga o impacto ambiental da maior mineração de ouro a céu aberto do mundo e a denúncia de que o ar e a água da região estão contaminados com arsênio, substância cientificamente comprovada como cancerígena. Desde o século XVIII, a exploração do metal precioso é abundante na região e até o início da década de 1980 muitos moradores completavam suas rendas com as bateias. A partir dos anos 80, a exploração do ouro ficou restrita a uma mineradora estrangeira que triplicou a produção anual de ouro, ampliou o tempo de vida útil da mina, e começou a construção de uma nova barragem de rejeitos. O Ambientalista investiga os danos causados pela exploração do mineral que, segundo moradores e especialistas, reduziu drasticamente os recursos hídricos, além de contaminar com arsênio o lençol freático, com sérias suspeitas de causar câncer à população.
As Crianças Contaminadas (25 min)
A Ilha da Maré, localizada na Bahia, próxima a Salvador, é o destino de O Ambientalista. Ele vai investigar a suspeita de contaminação por metais pesados da população local - a maioria descendente de quilombolas.
Com cerca de 11 mil habitantes, Ilha de Maré vive quase que exclusivamente da pesca e da cata de mariscos. Um lugar até bem pouco tempo chamado de paraíso. Mas, na década de 60, a região passou a sofrer os impactos ambientais causados pelo Porto de Aratu e pelo pólo petroquímico de Camaçari, o primeiro do país. A nova área industrial gerou riquezas para a Bahia, mas as autoridades públicas e empresários não pensaram nos impactos ambientais e sociais para a população que está ali há mais de 200 anos. A região foi claramente escolhida para ser
sacrificada. E O Ambientalista vai investigar os efeitos negativos para o meio ambiente e moradores locais gerados pelo despejo de substâncias químicas e metais pesados no mar, além da poluição do ar.
Zona de Sacrifício (25 min)
A Ilha da Madeira, a 90 quilômetros do Rio de Janeiro e pertencente ao município de Itaguaí, é o destino de O Ambientalista neste episódio. Ele investiga o descaso dos poderes econômico e institucionais com a poluição de metais pesados na baía de Sepetiba. A paisagem paradisíaca da ilha muda na década de 1960, quando foi instalada uma mineradora de zinco e cádmio. Além de acabar com os manguezais, em 1976 o dique da barragem de rejeitos dessa empresa rompe-se e todo material vaza para a baía de Sepetiba. A mineradora fale e deixa um imenso passivo ambiental. Considerado um local estratégico, os poderes econômico e político sacrificaram as questões sociais e ambientais da Ilha da Madeira para a instalação de portos e indústrias que se aproveitam do ocorrido para lavarem suas mãos. O Ambientalista investiga a situação dos moradores e pescadores da região, que sofrem com a degradação socioambiental e a extinção de peixes, moluscos e crustáceos.